Thich Nhat Hanh, o monge budista, poeta e ativista da paz que nos anos 1960 ganhou proeminência como adversário da Guerra do Vietnã, morreu hoje (22), aos 95 anos, cercado por seguidores no templo onde sua jornada espiritual começou.
Seu funeral de uma semana será realizado no templo de maneira quieta e pacífica, segundo seus seguidores.
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Com trabalhos e aparições públicas que se espalharam por décadas, Thich Nhat Hanh falava em tom gentil mas poderoso sobre a necessidade de “caminhar como se você estivesse beijando a terra com os pés”.
Ele sofreu um derrame em 2014 que o deixou incapaz de falar e retornou ao Vietnã para viver seus últimos dias na cidade de Hue, na região central, a antiga capital e seu local de nascimento, após ter passado grande parte da sua vida adulta no exílio.
Como pioneiro do budismo no Ocidente, ele formou o monastério “Plum Village” na França e falava regularmente sobre a prática da atenção plena – identificar e se distanciar de certos pensamentos sem julgamento – para o mundo corporativo e seus seguidores internacionais.
Nascido Nguyen Xuan Bao em 1926, Thich Nhat Hanh foi ordenado monge quando o revolucionário fundador do Vietnã moderno Ho Chi Minh liderou os esforços para libertar o país do Sudeste Asiático de seus governantes coloniais franceses.
Thich Nhat Hanh, que falava sete idiomas, lecionou nas universidades de Princeton e Columbia, nos Estados Unidos, no início dos anos 1960. Ele retornou ao Vietnã em 1963 para se juntar a uma crescente oposição budista à Guerra EUA-Vietnã, demonstrada por protestos de autoimolação por vários monges.
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