O Ibovespa opera em alta de 1,25% na abertura do pregão de hoje (19), a 107.998 pontos perto das 10h25, horário de Brasília. As atenções estão voltadas para a forte alta das commodities, principalmente petróleo e minério de ferro. No cenário internacional, os mercados acompanham os balanços do 4º trimestre de 2021 das empresas norte-americanas.
O dólar recua 0,69% ante o real por volta das 10h25. A moeda era negociada a R$ 5,5217.
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A Bolsa de Valores brasileira deve ser guiada hoje pela escalada dos preços das commodities, com o petróleo, do tipo Brent, sendo negociado acima dos US$ 88.
“O aumento do preço do petróleo pressiona a Petrobras por mais uma alta nos preços dos combustíveis no mercado interno brasileiro. A empresa anunciou um aumento de 5% na gasolina no início deste mês, mas, de acordo com nossos cálculos, os patamares atuais do petróleo e do câmbio já justificariam outro aumento de 12%. O movimento de alta intensifica a preocupação com a inflação não só aqui, mas no mundo todo”, avalia Antônio Sanches, especialista em investimentos da Rico.
O preço da tonelada do minério de ferro negociada em Dalian, na China, avançou mais de 4%, indo a US$ 115,80, movimento que também pode afetar as mineradoras brasileiras.
As paralisações de servidores públicos continuam preocupando o mercado.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, as Bolsas contaram com forte queda ontem (18), puxadas pelo rendimento abaixo da expectativa do balanço do banco Goldman Sachs.
Por lá, o rendimento dos títulos do Tesouro com vencimento em dez anos continua a avançar e chegou a 1,87%, o maior patamar em dois anos, o que indica que os investidores estão se preparando para a aceleração das taxas de juros.
Na Ásia, as ações da China fecharam em baixa, pressionadas por fabricantes de veículos elétricos e empresas de saúde, além de um movimento de realização de lucros. Preocupações com a desaceleração da economia também pesaram sobre o sentimento do mercado.
As ações de incorporadoras imobiliárias do país subiram depois que o banco central chinês prometeu adotar mais medidas para estabilizar a economia.
O Banco Central do Japão precisa estar atento ao risco de a inflação acelerar mais rápido do que o esperado caso os custos das matérias-primas continuem subindo e levando mais empresas a elevar os preços, disse o BC do país asiático em relatório.
Por enquanto, o repasse do aumento dos custos das matérias-primas para os consumidores têm se concentrado em produtos alimentícios e não está se espalhando para uma gama mais ampla de itens, segundo o órgão.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,06%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 1,08%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,33%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 2,80%.
Na Europa, a inflação britânica subiu mais rapidamente do que o esperado em dezembro, para um pico em quase 30 anos, intensificando uma piora nos padrões de vida e pressionando o banco central a elevar os juros novamente.
A taxa anual de inflação dos preços ao consumidor acelerou para 5,4%, ante 5,1% em novembro, seu maior patamar desde março de 1992, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido. Economistas consultados pela Reuters esperavam avanço de 5,2%.
Os mercados financeiros precificam agora mais de 90% de chance de o Banco da Inglaterra aumentar sua principal taxa de juros para 0,5% em 3 de fevereiro.
Por volta das 10h25, o Stoxx 600 ganhava 0,54%; na Alemanha, o DAX sobe 0,55%; o CAC 40 em alta de 0,73% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,04%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,51% no Reino Unido. (Com Reuters)
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