Terreno no metaverso é comprado por startup psicodélica

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O objetivo da Ei.Ventures é investir em experiências com foco em saúde mental e relaxamento no metaverso (Crédito: Getty Images)

A startup de psicodélicos Ei.Ventures, com sede em Miami, anunciou a compra de um terreno virtual no The Sandbox, plataforma de metaverso. A The Sandbox é uma subsidiária da empresa de jogos em blockchain Animoca Brands, com sede em Hong Kong, e consiste em um mundo virtual onde os jogadores podem criar, possuir e monetizar itens e experiências virtuais como tokens não fungíveis (NFTs) na blockchain Ethereum, por exemplo, o que consiste na conexão entre o mundo dos games com o de criptomoedas.

A compra da propriedade representa a terceira maior venda de terrenos na plataforma 3D e foi avaliada em US$ 2,22 milhões. A parcela, que abrange 144 pedaços de terreno virtual no espaço de 12 por 12, será chamada PSLY.COM, o nome da empresa que em breve será fundida da Ei.Ventures com a Mycotopia Therapies. Em novembro, a imobiliária especializada em ativos virtuais Metaverse Group pagou o equivalente a R$ 13 milhões por um terreno dentro da plataforma imersiva Decentraland.

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Decentraland é a representação da vida real, parecido com o jogo The Sims. Os jogadores podem interagir, criando, vendendo e comprando objetos utilizando a criptomoeda Mana (Crédito: Reprodução)

“Será um espaço para que as pessoas tenham experiências elevadas através da mente”, escreveu David Nikzad, CEO da Ei.Ventures. “Esta será uma nova maneira de interagir com seus amigos em geral e fornecer terapia psicodélica em particular”, destacou. As compras de terrenos no Sandbox ganharam manchetes recentes, incluindo uma aquisição de terrenos no metaverso Sandbox da Atari, em novembro, por um recorde de US$ 4,3 milhões, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal . Em setembro, o rapper Snoop Dogg anunciou que criaria seu próprio mundo virtual, o Snoopverse na mesma plataforma.

Metaverso como opção de investimentos

Embora os planos para o PSLY.com no Sandbox ainda estejam nos estágios iniciais de desenvolvimento, a empresa espera criar “experiências de realidade virtual no Havaí, viagens psicodélicas positivas, modalidades de cura e muito mais”. Quanto às aplicações em medicina psicodélica, a empresa prevê utilizar a natureza da realidade virtual do metaverso para facilitar viagens terapêuticas guiadas ou planejadas com um terapeuta no mundo virtual. “Saúde e bem-estar é um mercado de trilhões de dólares”, disse Nikzad. “Como agora aprendemos com a Covid-19, essas tecnologias se tornarão muito mais importantes à medida que as comunicações e a forma como as transações financeiras são tratadas estão mudando.”

O que é o metaverso?

Em outubro do ano passado, após algumas semanas de expectativa, Mark Zuckerberg oficializou a criação da Meta, novo nome da marca institucional do Facebook. A mudança ocorreu no momento em que a plataforma vem investindo no conceito de metaverso. Somente na Europa, por exemplo, serão contratados 10 mil profissionais para o desenvolvimento de tecnologia relacionada. Durante o anúncio de resultados do terceiro trimestre, também em outubro, a empresa confirmou investimentos de US$ 10 bilhões na criação de seu próprio metaverso.

Avatares do Workroom, projeto de metaverso da Meta que vem investindo no conceito de metaverso (Crédito: Reprodução)

Mas além do conceito que vem sendo abordado pela Meta, onde estão as oportunidades de negócios do metaverso? E quais tipos de tecnologias podem culminar no surgimento de startups ou demandar aquelas já existentes? Segundo a IHS Markit, o mercado global de realidade virtual e aumentada deve ultrapassar US$ 100 bilhões em 2022. Considerando que ele é apenas uma parte desse ecossistema, existem muito mais recursos na mesa. “Neste momento, Meta está ligada a um produto em especial, que é nossa aposta no metaverso, mas, aos poucos, esperamos ser vistos como uma empresa com foco em várias soluções desse universo”, disse Zuckerberg.

 

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