A exportação de milho do Brasil deverá somar 20,7 milhões de toneladas em 2021, o menor patamar desde 2016, estimou hoje (28) a ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), ao divulgar suas últimas projeções do ano.
Os embarques do país, que já figurou na segunda posição do ranking global de exportadores do cereal – posto ocupado agora pela Argentina -, vão cair após o Brasil ter sido atingido por intempéries, como seca e geadas severas em 2021.
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A Anec projeta redução de 38% na exportações brasileiras de milho neste ano na comparação com 2020, quando os embarques já haviam caído ante um recorde de 41,2 milhões de toneladas em 2019. Em relação aos últimos anos, as vendas externas de 2021 só serão maiores do que as 17,45 milhões de toneladas de 2016, conforme dados da Anec.
Ao mesmo tempo em que a safra brasileira de milho caiu para 87 milhões de toneladas em 2020/21, versus um recorde de 102,5 milhões no ciclo anterior, o consumo interno do cereal cresceu fortemente neste ano pela maior demanda da indústria de carnes e também das usinas de etanol, colaborando para limitar os embarques para fora. A demanda anual brasileira está estimada em mais de 72 milhões de toneladas, de acordo com a estatal Conab.
Na nova temporada (2021/22), caso a estimada safra recorde se confirme, o Brasil poderia voltar à posição de segundo exportador global, atrás apenas dos Estados Unidos, com embarques de 43 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O país superaria Argentina e Ucrânia entre os maiores exportadores.
Os dados sobre a exportação de milho foram divulgados pela Anec nesta terça-feira juntamente com a revisão nos embarques do cereal do Brasil em dezembro, agora estimados em 3,45 milhões de toneladas, ante 3,9 milhões na previsão da semana anterior.
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