A atividade no setor de serviços – a de maior peso na economia brasileira – frustrou expectativas e contraiu na margem pelo segundo mês consecutivo em outubro, somando-se a outros dados recentes apontando esfriamento da recuperação enquanto a inflação segue alta e as condições financeiras ficam mais restritas.
O setor recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro, acumulando retração de 1,9% considerando a queda de setembro, mostraram dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) hoje (14). Os dados são ajustados sazonalmente.
Ante outubro de 2020, houve avanço de 7,5%, com crescimento em quatro das cinco atividades e oitava taxa positiva seguida.
Analistas consultados pela Reuters projetavam alta mensal de 0,1%, com ganho de 9,5% na comparação anual.
Com o resultado negativo de outubro, o segmento reduziu a distância em relação ao patamar pré-pandemia – está agora 2,1% acima dessa linha, de 3,3% em setembro e 4,1% em agosto – e fica 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.
Quatro das cinco atividades investigadas recuaram no mês de outubro, com destaque para serviços de informação e comunicação (-1,6%), que apresentaram a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 2,5%.
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“O segmento que mostrou o principal impacto negativo foi o de telecomunicações. Essa queda é explicada pelo reajuste nas tarifas de telefonia fixa, que avançaram 7,33% nesse mês. Essa pressão vinda dos preços, acabou impactando o indicador de volume do subsetor”, disse Rodrigo Lobo, gerente da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).
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