Serviços e bens impulsionam preços ao produtor dos EUA em novembro

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Jason Redmond/Reuters

Fábrica de aviões em Renton, nos EUA

Os preços ao produtor dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em novembro, uma vez que as restrições de oferta persistiram, levando ao maior ganho anual desde que a série foi reformulada há 11 anos e embasando opiniões de que a inflação poderia permanecer desconfortavelmente alta por algum tempo.

O relatório do Departamento de Trabalho divulgado hoje (14), que também mostrou forte crescimento na inflação subjacente ao produtor, veio na esteira das notícias da semana passada de que os preços anuais ao consumidor aumentaram em novembro no ritmo mais forte desde 1982.

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O aumento da inflação complica a agenda econômica do presidente Joe Biden, incluindo um orçamento de US$ 1,75 trilhão para financiar políticas sociais e um pacote climático preso no Congresso dos EUA.

Fortes pressões sobre os preços, juntamente com um mercado de trabalho ficando mais apertado, provavelmente farão com que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anuncie que acelerará a redução de suas compras maciças de títulos quando as autoridades encerrarem amanhã (15) uma reunião de dois dias. O Fed, assim, potencialmente começaria a aumentar as taxas de juros mais cedo do que o antecipado.

“As métricas de preço estão muito acima da meta há muito mais tempo do que o previsto”, disse Rubeela Farooqi, economista-chefe da High Frequency Economics em White Plains, Nova York. “Esses dados apoiam a mudança do Fed para uma redução mais rápida (de estímulos) que provavelmente precederá um aperto mais rápido da política monetária no próximo ano.”

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) para a demanda final saltou 0,8% no mês passado, após alta de 0,6% em outubro. O aumento generalizado do PPI foi puxado por uma alta de 0,7% nos serviços, depois de ganho de 0,2% em outubro. A aceleração dos serviços refletiu o salto de 2,9% nos preços de gestão de carteiras.

No acumulado de 12 meses até novembro, o PPI disparou 9,6%. Esse é o maior ganho desde novembro de 2010, após acréscimo de 8,8% em outubro.

Economistas ouvidos pela Reuters previam que o PPI subisse 0,5% em uma base mensal e 9,2% ano a ano.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos, energia e serviços de comércio, os preços ao produtor aumentaram 0,7%. O chamado núcleo do PPI ganhou 0,4% em outubro.

No acumulado de 12 meses até novembro, o núcleo do PPI saltou 6,9%, maior avanço desde que os dados de 12 meses foram calculados pela primeira vez em agosto de 2014. O número veio após alta de 6,3% em outubro.

O Fed acompanha o núcleo do índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) para sua meta flexível de inflação de 2%.

O núcleo do índice de preços PCE subiu 4,1% nos 12 meses até outubro, maior taxa desde janeiro de 1991. Os dados de novembro serão divulgados no fim deste mês.

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