Lelê Saddi: ” Novos formatos de redes sociais irão surgir, mas a influência digital veio para ficar”

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Lelê Saddi – Digital influencer e fundadora da Pop Comm

Influenciadora há 15 anos, Lelê Saddi fundou também a Pop Comm junto com seu sócio Fernando Bento. A empresa de comunicação que agora vai se tornar uma holding, faz a assessoria e marketing digital de quase 80 marcas nacionais e internacionais. Com o meio digital em constante ascensão e movimento, Lelê visa grandes oportunidades para seu negócio.

Forbes: Me conta um pouco sobre a Pop Comm?

Lelê Saddi: Eu estou no mercado de marketing digital e comunicação há mais de 15 anos, e eu acompanhei desde o início essa transição do marketing de influência, porque quando comecei como blogueira, que é um termo que nem é mais usado, esse meio ainda não era um mercado que visava lucro. As pessoas faziam isso por hobby, então, eu vi isso tudo crescer muito rápido, e virar um business. Eu sempre tive esses dois lados, da influenciadora e do marketing. E esses dois lados se complementam muito. Eu sempre tive agência de marketing na verdade, e percebi que os clientes nos pediam para oferecer mais de um serviço. Então, foi um caminho muito natural, além do planejamento de carreiras das influenciadoras, começamos a fazer assessoria de imprensa, produção de moda, eventos e  colabs. Hoje a Pop é uma agência 360.

Forbes: Você comentou que sempre teve esses dois lados, influenciadora e empreendedora, como você divide seu tempo e como é seu dia a dia?

Lelê: Então, como são duas coisas que andam muito juntas, meu dia a dia acaba sendo muito orgânico. Claro que eu tenho o tempo de me dedicar ao trabalho, de fazer reuniões, e o tempo de produzir conteúdo, mas tudo vai fluindo, eu mostro um pouco da minha rotina, no trabalho, e querendo ou não, meu canal de influenciadora é também um cartão de visita pro meu negócio. Então através dele, as marcas acabam conhecendo nosso trabalho na agência. Além de mostrar minha rotina e falar sobre moda, eu também preciso tirar um tempo para fazer  pesquisas sobre o mercado, estudar, ler e levar isso pra minha audiência.

Forbes: Em relação às redes sociais, quais suas prospecções de mercado para o futuro, e de marketing voltado para esse meio?

Lelê: Eu acompanhei essa transição das marcas, por exemplo, que investiram em veículos tradicionais como a tv e o rádio, e eu pude ver que pequenas, médias e grandes empresas enxergaram o potencial do digital e começaram a destinar parte da verba para esse meio. Eu ouço pessoas falando que acabou esse meio de influenciadores, que está tudo muito saturado, e eu acho o contrário, acredito que cada vez mais tem espaço, até porque vivemos num país muito grande, e a questão do regional é bem forte também, eu vejo muitos influenciadores regionais crescendo, a gente vê também um grande resultado tanto de venda quanto de awareness de nano e micro influenciadores, que não tem tantos seguidores quanto os maiores influenciadores, mas que tem uma taxa de engajamento altíssima, outra grande tendência que irá aumentar no futuro, são os vídeos, e fornecedores e marcas tem investido muito em material em vídeo. Acredito que o céu é o limite para o marketing digital, e que a transformação é constante, novos formatos de redes sociais irão surgir, mas a influência digital veio para ficar. 

Forbes: A Pop Comm tem um braço chamado Pop Educ, do que se trata?

Lelê: Durante a pandemia, a gente lançou o Pop Educ, em Janeiro desse ano, porque começamos  ver o potencial de ensino a distância, do interesse das pessoas em fazer cursos, participar de materiais, de comunidades, sobre assuntos específicos dentro do nosso universo de influenciadores. O primeiro produto lançado foi a minha mentoria de negócios de influência digital, onde grupos só de mulheres participaram, entre empresárias, profissionais liberais e influenciadoras. Lançamos também um curso, gravado, sobre como ser um influenciador de sucesso, que é um assunto super pertinente para nós. No próximo ano vamos lançar bastante material online para os cursos. Uma parte do dinheiro desses cursos é revertida para a fundação Amor Horizontal.

Forbes: Quais dicas de empreendedorismo você daria para mulheres que também sonham em abrir um negócio? 

Lelê: Acredito que ter consistência é importante para planejar um negócio com muito empenho e dedicação,  baseado em um propósito. 

A mulher é muito intuitiva, eu tomo muitas decisões baseadas na minha intuição, então acredito que isso é um ponto importante. Mas sem deixar de lado o planejamento. Sempre trabalhar o presente, mas olhar para o futuro, o futuro muda muito rápido, então, sempre observar quando for preciso se reinventar. A resiliência, é outra dica importante, porque os desafios são diários, são difíceis, e você vai precisar de resiliência para continuar no seu propósito. E por fim, ambição, de querer mudar o mundo com seu negócio, e de querer crescer. Empreender é um risco, e dá medo, mas vai com frio na barriga mesmo!  

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