Já estamos no último mês do ano, período das tradicionais festas de confraternizações corporativas. Um estudo da Robert Half mapeou que 53% dos 5.414 brasileiros entrevistados gostariam que esse encontro fosse fora do ambiente do escritório, enquanto 30% veem como melhor opção para essa comemoração uma missão de caridade, algo que pode ser realizado por meio de uma ação voluntária em prol de algum projeto social.

Por que fazer e por que participar 

Seja qual for a opção da empresa, acredito ser muito importante que se faça algo para marcar o encerramento de mais um ciclo de trabalho. Mas não apenas isso. Essas ações coletivas de final de ano, além de aproximar as pessoas, também são excelentes momentos para comemorar conquistas, reconhecer esforços e promover uma oportunidade de descontração após meses de pressão, com grandes chances de motivar a equipe para o ano seguinte. Para ter mais chances de acertar no formato, considere ouvir a opinião dos colaboradores.

Sei que nem todas as pessoas se sentem à vontade para participar de eventos de confraternização. Outras, por muitas razões pessoais, e totalmente legítimas, simplesmente não estão no clima. Mas, na medida do possível, tente participar. Se a sua empresa teve o cuidado de organizar o evento é porque, de alguma forma, ela valoriza seus profissionais, e isso é ótimo. Além disso, uma pessoa ou um grupo da equipe dedicou tempo para que esse momento acontecesse, então seria de bom tom valorizar esse esforço.

Três cuidados nesses encontros

Seja na confraternização presencial, híbrida, on-line, dentro ou fora de empresa, o bom senso deve ser a bússola dos colaboradores, sem esquecer que a “festa da firma” também é um ambiente corporativo, ainda que mais informal. Dessa forma, compartilho 3 recomendações:

1) Conecte-se

As confraternizações da empresa são ótimas oportunidades para se aproximar de pessoas com as quais você não tem muito contato durante o ano ou estreitar relacionamentos com aquelas que trabalham bem próximas a você.

2) Cuidado com brincadeiras e intimidades

Não caia na tentação de aproveitar o clima descontraído para jogar indiretas aos pares de trabalho, principalmente na frente de outras pessoas ou durante aquelas dinâmicas de amigo secreto. Outra questão muito importante: definitivamente, a festa de confraternização não é o melhor lugar para paquerar.

3) Selecione o conteúdo das conversas

Durante os bate-papos, procure ser amigável e transmitir aos outros a imagem que deseja que tenham de você. Minha sugestão é que você evite incluir nas conversas temas polêmicos. Tenha atenção, ainda, para não passar todo o tempo falando de trabalho ou mesmo fazendo fofoca, lamentações ou comentários negativos com relação à empresa, líderes ou colegas.

Ter atenção ao próprio comportamento nas confraternizações de final de ano é a garantia de não ser motivo de piada ou de conversas de corredor um dia depois do encontro. Além disso, todos estamos vindo de meses bastante tensos. Tudo o que queremos e merecemos são ambientes acolhedores e amigáveis para recarregar as energias, antes de nos lançar para os desafios do próximo ano, que certamente já estão à nossa espera.

Aqui neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar