O Ibovespa opera em alta de 0,49% na abertura do pregão de hoje (7), a 107.382 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores estão de olho na última reunião do Copom deste ano, que deve decidir por uma nova alta na taxa de juros. No cenário internacional, os mercados começam a se normalizar após o choque causado pela descoberta da variante Ômicron do coronavírus.
O dólar recua 0,47% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,6630.
Começa hoje a última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de 2021. Amanhã, o colegiado deve anunciar mais um ajuste na taxa básica de juros. A maioria das apostas aponta que a Selic deve subir 1,5 ponto-percentual, para 9,25% ao ano. Essa também é a estimativa dos economistas consultados pelo BC no Boletim Focus.
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O IGP-DI, índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna, medida mais ampla de inflação divulgada pela FGV, caiu mais do que o esperado em novembro. O resultado foi novamente influenciado pelo comportamento dos preços de grandes commodities, segundo a Fundação Getulio Vargas.
O indicador caiu 0,58% em novembro, após alta de 1,60% em outubro. O índice acumula aumento de 16,28% no ano e de 17,16% em 12 meses. Em novembro de 2020, o IGP-DI havia subido 2,64% e acumulava elevação de 24,28% em 12 meses.
“Mais uma vez, minério de ferro (4,29% para -24,98%), soja (-0,38% para -3,73%) e milho (-4,45% para -5,15%) apresentaram queda em seus preços influenciando o resultado do IGP”, afirmou em nota André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Em Brasília, as atenções seguem voltadas para o andamento da PEC dos Precatórios que, depois de ter sido aprovada com alterações no Senado, volta à Câmara para ser votada novamente.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, os investidores acompanham a aceleração no ritmo da retirada de estímulos pelo Federal Reserve, o que deve abrir caminho para o aumento da taxa de juros no ano que vem. O reajuste é a principal ferramenta de combate ao avanço da inflação e vem testando o apetite por risco dos investidores.
Na Ásia, as ações da China fecharam em alta nesta terça-feira após o banco central chinês cortar os valores mínimos que os bancos devem manter em reserva. Esta é a segunda redução neste ano. Foram liberados 1,2 trilhão de iuanes (US$ 188 bilhões) em liquidez de longo prazo para impulsionar uma economia em desaceleração.
Ao mesmo tempo, investidores observam cautelosamente os movimentos da Evergrande – a incorporadora mais endividada do mundo está perto de uma reestruturação da dívida.
Por lá, as importações de petróleo se recuperaram em novembro em relação às mínimas do mês anterior, mas ainda estavam cerca de 8% abaixo dos níveis do ano passado. As chegadas de novembro foram de 41,79 milhões de toneladas, ou 10,17 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com a Administração Geral das Alfândegas da China.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 2,72%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 1,56%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,16%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 1,89%.
Na Europa, a produção industrial alemã aumentou mais do que o esperado em outubro, em um raro sinal de força na manufatura. Analistas alertaram, no entanto, que gargalos no fornecimento de matérias-primas e bens intermediários continuarão a prejudicar a produção na maior economia da Europa.
O Escritório Federal de Estatísticas alemão informou que a produção industrial cresceu 2,8% no mês, após queda revisada de 0,5% em setembro. Mas a produção geral ainda estava 6,5% abaixo de fevereiro de 2020, um mês antes da entrada em vigor das restrições à pandemia.
As ações europeias operam em alta na manhã de hoje. As bolsas alcançaram uma máxima em mais de uma semana impulsionadas por uma forte recuperação em papéis de tecnologia e por ganhos no setor de mineração depois que a China afrouxou sua política monetária.
O Stoxx 600 ganhava 1,90%; na Alemanha, o DAX sobe 2,02%; o CAC 40 em alta de 2,26% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 1,77%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 1,19% no Reino Unido.
Commodities
Os contratos futuros do minério de ferro de Dalian e Singapura subiram hoje, com os investidores animados com medida de aumento de liquidez para apoiar o crescimento econômico na maior produtora e consumidora de aço, a China.
Outro impulso veio do Politburo, o principal órgão de tomada de decisões do país, que prometeu manter as operações econômicas dentro de uma faixa razoável em 2022 e promover um desenvolvimento saudável do setor imobiliário.
O minério de ferro de maio mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em alta de 6,7%, a 659,50 iuanes (US$ 103,56) a tonelada. No início da sessão, chegou a subir 9%, para 673,50 iuanes, o nível mais alto do contrato desde 29 de outubro.
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