As 100 mulheres mais poderosas do mundo em 2021

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A Forbes elencou Mackenzie Scott, filantropa, autora e ex-exposa do fundador da Amazon, Jeff Bezos, como a mulher mais poderosa do mundo.Em 2021, o poder feminino em todo o mundo foi um pouco diferente do que era há apenas um ou dois anos: as mulheres ganharam terreno nos altos escalões das empresas. Nessa 18ª lista anual Forbes das 100 mulheres mais poderosas do mundo, 40 CEOs, o maior número desde 2015, que juntas lidaram com um recorde de US $ 3,3 trilhões em receitas. Mas o que ganharam na sala de reuniões, perderam em outros lugares. Hoje há menos duas mulheres chefes de Estado do que havia em 2020.

Nada ilustra melhor a dinâmica dessa lista do que a mudança no topo. Em 18 anos, apenas 3 vezes a chanceler Angela Merkel não foi nº 1. Neste ano, com sua iminente aposentadoria, veio a chance de encontrar um novo nome. Dessa vez, a escolhida é a bilionária MacKenzie Scott, terceira mulher mais rica do mundo, e sua determinação de usar esse dinheiro de forma significativa e revolucionária. “Todos nós estamos tentando doar um dinheiro que veio de um sistema que precisa de mudanças”, disse Scott recentemente. A segunda posição é da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, que sobe um lugar, trocando de posição com Christine Lagarde, a presidente do Banco Central Europeu, agora em terceiro.

Todas essas mulheres representam a tese por trás da compilação da lista: ter dinheiro ou uma posição de poder não é o suficiente. Elas precisam estar fazendo algo com sua fortuna, voz ou plataforma pública. Pense em Rosalind Brewer, a ex-chefe de operações da Starbucks que assumiu o comando da Walgreens em março e atualmente é a única mulher negra dirigindo uma empresa presente no ranking S&P500. Brewer subiu 15 posições e está em 17ª.










A co-fundadora e imunologista da BioNTech Özlem Türeci é que é uma das 20 estreantes deste ano. Ela faz sua estreia na lista na 48ª posição não apenas porque foi co-fundadora de uma empresa de biotecnologia, mas também por causa de seu papel na liderança do desenvolvimento da empresa da vacina de mRNA para Covid, em parceria com a gigante farmacêutica global Pfizer.

Também estreia na lista, na posição 94, a nova presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, fundamental na implementação dos protocolos da Covid em seu país. Depois, há a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, cuja franca adesão à liberdade e à democracia em face do aumento da pressão da China saltou 28 vagas para a 9ª posição. “Devemos salvaguardar nossos valores compartilhados para garantir nosso modo de vida livre e democrático”, afirmou.

Algumas mulheres nesta lista viram seu poder diminuir no ano passado. Especialmente  algumas mulheres na China, onde a repressão do presidente Xi Jinping no setor de tecnologia e outras atividades de negócios significou menos autonomia e, por sua vez, posições inferiores para Dong Mingzhu, da Gree Electric, que caiu 11 pontos, para número 58, e a CEO da Yum China, Joey Wat, que caiu 39 posições, para a 73ª. Mesmo a Rainha Elizabeth não está imune a uma reavaliação: agora classificada em 70, a monarca caiu 24 posições como resultado de suas aparições públicas diminuídas e a miríade de crises de reputação que atingiram a Coroa em 2021 (incluindo alegações de preconceito racial contra a Duquesa Meghan Markle).

Embora as pessoas na 18ª lista anual das 100 mulheres mais poderosas do mundo venham de 30 países e territórios e trabalhem nas áreas de finanças, tecnologia, política, filantropia, entretenimento e muito mais, elas estão unidas por um senso de dever. Frances Haugen, a ex-funcionária do Facebook que se tornou denunciante e número 100 na lista deste ano, que divulgou dados de seu ex-empregador, disse que não poderia ficar parada e assistir enquanto a empresa coloca os lucros acima das pessoas. A cantora Taylor Swift, na posição 78, não fez seus primeiros álbuns com a intenção de regravá-los uma década depois, mas foi o que teve que fazer para manter seus direitos de propriedade e provar a outros artistas o valor de seu trabalho, “Nossa experiência não pode ser ditada pelo que temos permissão ou não permissão para fazer”, diz a diretora de cinema Ava Duvernay (nº 80). Se houver uma declaração de tese para esta lista, é a seguinte: estas são as mulheres que estão reescrevendo as regras de negócios, finanças e política. Seu trabalho é necessário agora mais do que nunca.

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