Na contramão do mercado de trabalho, que sofreu na pandemia, o grande varejo farmacêutico já criou 7.325 empregos neste ano. Com média de 814 novos postos de trabalho todo mês e 27 diários, o volume de contratações no setor é recorde, segundo indicadores da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Considerando os dados de janeiro a setembro deste ano, as maiores farmácias e drogarias do país contam atualmente com 142.301 funcionários e colaboradores. O número é 7% superior ao de 2019, último ano antes da pandemia. Em relação a 2011, o aumento é de 66%.
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Essa evolução acompanha o expressivo crescimento nas vendas do grande varejo farmacêutico, que vêm registrando em 2021 o maior avanço percentual em uma década – 17,39%. O advento dos serviços clínicos, como os testes rápidos, as aplicações de vacinas e testes de glicemia e pressão arterial, também ajuda a explicar o aumento a escalada de empregos.
“Ultrapassamos 7,1 milhões de atendimentos do gênero neste ano, o que representa uma demanda oito vezes maior na comparação com 2020. As farmácias brasileiras já vinham se transformando em autênticos centros de atenção primária à saúde, mas esse processo acelerou em função da pandemia”, argumenta Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
Para absorver esse novo perfil de atuação, o volume de farmacêuticos contratados cresce na mesma proporção. Do total de profissionais, 28.686 (20%) são farmacêuticos. “Há dois anos, esse percentual era de 18%, o que demonstra um incremento gradual na procura por mão de obra especializada e contribui para a valorização da profissão farmacêutica”, finaliza Barreto.
Os funcionários e colaboradores estão distribuídos nas áreas administrativas das 26 maiores redes do país e em 8.705 lojas.