A interação entre a Lu, influenciadora virtual do Magazine Luiza, e a cantora Anitta, na noite de quinta-feira, 25, durante o evento Black das Blacks, exibido nos canais da Globo, contou com várias tecnologias de realidade mista, 3D e técnicas imersivas inspiradas no mundo dos games e do cinema. O projeto desenvolvido pelo Centro de Design da Globo, área fruto da integração de canais da empresa, com mais de 300 profissionais, levou três meses para aprimorar o processo que contou com releitura visual da Lu e uma coreógrafa que teve seus movimentos espelhados em tempo real e ao vivo.
Para realizar a interação, a Globo utilizou a tecnologia Unreal Engine, a mesma aplicada em jogos como Fortnite, da Epic Games, que permite melhor definição e precisão nos movimentos dos personagens. Apesar de não ter sido a primeira vez que a Lu contou com essa dinâmica, Alexandre Arrabal, diretor do Centro de Design da Globo, explica que a técnica vem sendo aprimorada desde o ano passado quando a Lu já havia interagido com Luciano Huck na mesma Black das Blacks.
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“Foi um processo desenvolvido pela Globo, mas acompanhado muito de perto pelo Magazine Luiza, até porque existe um cuidado e uma preservação do tom da Lu que é muito importante. Mas a cada projeto desse conseguimos aprimorar e deixar movimentos, e a experiência como um todo, muito mais precisa”, afirma Arrabal.
Pedro Alvim, gerente sênior de marca e redes sociais na Magazine Luiza, explica que a interação da Lu com a Anitta no conteúdo da Globo faz parte da estratégia desenvolvida pela varejista para aumentar a relevância e construção como uma personalidade que transcende o ambiente digital. “Já vínhamos trabalhando em uma evolução natural do design e das narrativas multiplataformas da Lu, e a oportunidade de inserir a personagem dessa forma acelerou ainda mais essa possibilidade”, destaca Alvim.
Outro episódio que também mesclou elementos de realidade mista foi a participação da Lu na Super Dança dos Famosos, no mês de julho, em um projeto idealizado pela agência Ogilvy. “Não se trata apenas de um product placement, mas a possibilidade de colocar em prática novos formatos que contribuam para a construção de marca, experiência e entretenimento”, disse, à época, Daniel Schiavon, diretor executivo de criação da Ogilvy Brasil.
Integração digital
Em meio a um processo de integração de processos e canais, a Globo fechou uma parceria, em abril deste ano, com duração de sete anos, com o Google Cloud, iniciando um processo de migração para a nuvem. Paulo Rabello, diretor do Hub de Operações de conteúdo da Globo, explica que, iniciativas como a que foi realizada com a Lu só são possíveis porque a capacidade de processamento, armazenagem e resposta dos servidores em nuvem são cada vez maiores. O que gera um impacto em todas as áreas, da captação à produção passando pela distribuição. “A tecnologia em nuvem elimina a alta demanda por investimento em hardware e inicia uma nova fase baseada em software. Na prática, isso significa mais eficiência, já que direcionamos investimentos que seria em máquinas, por exemplo, para o aprimoramento do produto final e na pesquisa de tendências”, explica.
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