Foodtech Beeva aposta na apicultura da caatinga brasileira

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Sede da empresa é uma das mais eficientes em termoacústica da América Latina

Um alimento milenar e saudável, um inseto capaz de proteger a biodiversidade do planeta e uma tecnologia que pode gerar renda perene para milhares de produtores no semiárido nordestino.

Quando o empreendedor Jatyr Oliveira vislumbrou a união de todos esses fatores em meio à caatinga alagoana, nasceu o conceito da Beeva. Hoje, com 1 ano e 4 meses de vida, a startup tem a missão de “desenvolver novas possibilidades de produção e consumo dos derivados da apicultura a partir de um modelo de negócio que promove o desenvolvimento sustentável em uma das regiões com menor IDH do país”, segundo o fundador. “Acreditamos que é possível conciliar resultado financeiro e desenvolvimento socioambiental”, diz ele.

A Beeva já desenvolveu um mix de 22 produtos, entre eles opções de própolis e mel de quatro floradas diferentes distribuídas em grandes redes como Carrefour e Pão de Açúcar. A próxima meta é o lançamento de própolis encapsulada e diferentes tipos de pólens e suplementos que chegam ao mercado no começo de 2022. Ao mesmo tempo, está no forno uma linha de cosméticos “rica em propriedades antioxidantes”.

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Jatyr Oliveira, CEO da Beeva

“A produção crescente desafia o estereótipo de escassez do semiárido e se vale de uma enorme diversidade florística, endêmica da região”, explica o professor e apicultor Afonso Odério, que é conselheiro da Beeva e que participou ativamente da formação de uma rede de cerca de mil famílias de produtores. Mesmo em um modelo artesanal e orgânico, ele afirma que a caatinga pode produzir 28 vezes mais do que atualmente, a partir do investimento em técnicas mais produtivas de manejo.

Além do projeto de escalar a produção, Jatyr acredita que há espaço para investir em qualidade e, especialmente, em identidade dos produtos da apicultura, em uma analogia com o terroir dos vinhos. “O sabor do mel é reflexo da relação das espécies de abelha com o território, com a florada local e com o tipo de manejo. Por isso, não trabalhamos com blends. Você tem um mel da florada da jitirana, do bamburral, do marmeleiro. A Beeva não mistura esses méis. Com isso, eu gero novas experiências de consumo a partir de sabores exclusivos”, explica o CEO.

Para o consumidor que vai experimentar a iguaria do sertão ou da Mata Atlântica em qualquer grande cidade do país, é possível acessar um QR Code para conferir em que floradas a abelha se alimentou, qual produtor colheu seu mel e quais propriedades naturais ele está levando para a mesa.






 

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