Embrapa inaugura estação para reduzir riscos de introdução de novas pragas no país

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Fabiano Marques Dourado Bastos/Embrapa

Estação Quarentenária inaugurada pela Embrapa pode ajudar a evitar a chegada de 400 pragas de enorme risco “batendo na porta” das fronteiras brasileiras

Ontem (24), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) inaugurou em Brasília (DF) sua Estação Quarentenária, um prédio com  2.951m² de laboratórios para análises de qualquer tipo de praga que possa correr o risco de entrar no território nacional, como insetos, ácaros, fungos, bactérias, nematóides, plantas infestantes e vírus. 

Localizada na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a estação começou a ser construída em 2015 e dobrará o número anual de recebimento de amostras vegetais a 60 mil. A análise de amostras vegetais que chegam ao Brasil ajudam a identificar quaisquer problemas e mitigá-los antes que sejam espalhados pelo país.

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“A quarentena de plantas abrange ações voltadas a prevenir a introdução e disseminação de pragas agrícolas e, por isso, é prioridade para a Embrapa desde a sua criação, na década de 1970”, afirmou o presidente da Embrapa, Celso Moretti, durante cerimônia de inauguração da estrutura. “Sempre consideramos esse trabalho estratégico para a segurança nacional do país, justamente porque está diretamente relacionado com a segurança alimentar da população.” 

Como exemplo, Moretti cita quando, em 2013, a praga exótica Helicoverpa armigera causou danos de US$ 1,7 bilhão aos cofres nacionais. “Se multiplicarmos esse valor pelo número de pragas interceptadas, é possível estimar que o trabalho de quarentena desenvolvido pela Embrapa poupou centenas de bilhões de dólares à economia do país”, afirma, ressaltando que existem atualmente 400 pragas de enorme risco “batendo na porta” das fronteiras brasileiras.

A Estação Quarentenária possui três casas-de-vegetação e 11 laboratórios com mais de 200 equipamentos para análises de pragas. Possui sala-de-caldeiras, incinerador e salas para tratamento fitossanitário, desinfecção e destruição de material quarentenário. Para a conclusão da obra, foram gastos cerca de R$ 11,47 milhões — uma parte foi investimento da própria Embrapa e outra parcela veio por meio de um TED (termo de execução descentralizada).

Para Tereza Cristina, ministra da pasta de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a inauguração da nova estrutura da Embrapa marca um momento de celebração. “O mundo está passando por um momento de transição, intensificado pela pandemia, e cada vez mais a ciência tem mostrado o quanto o seu papel é transformador na melhoria de vida das pessoas. Essa Estação Quarentenária é uma prova disso. Cada dia a Embrapa se torna mais necessária, precisa se tornar mais moderna, ter mais inteligência estratégica, porque a geopolítica do mundo está mudando, constantemente.” 

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