Do Magazine Luiza ao Itaú: games brasileiros atraem prêmios e investimentos

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Kako D’Angelo, diretor do Yuki, game imersivo da brasileira Arvore, premiado no Raindance Immersive, na semana passada (Crédito: Divulgação)

No mundo, a indústria de games deve movimentar US$ 200 bilhões até 2023 e parte considerável desse faturamento se deve ao potencial do Brasil como mercado consumidor. E este cenário que, inclusive, já produziu o primeiro unicórnio brasileiro de games, a Wildlife, vem atraindo cada vez mais investimentos. Há duas semanas, a Epic Games, dona do jogo Fortnite, confirmou que está investindo no game de terror ‘Fobia – St Dinfna Hotel’, desenvolvido pela Pulsatrix Studios.

De acordo com Thiago Matheus, CEO da Pulsatrix Studios, atrair uma empresa tão influente quanto a Epic Games reforça o potencial de uma indústria em pleno desenvolvimento no Brasil. “Isso significa a validação do nosso projeto e o reconhecimento de que temos potencial de alcançar um grande número de jogadores ao redor do mundo. E esperamos que esse seja o primeiro passo de uma série de outras parcerias, que ajudem a fomentar o desenvolvimento não só da Pulsatrix, mas também de todo um hub de desenvolvimento de jogos no Brasil”, afirma.

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Na semana passada, o jogo imersivo Yuki, da Arvore Immersive, que conta com a direção de Kako D’Angelo, venceu o Raindance Immersive. O mesmo estúdio acumula uma série de prêmios com o título The Line, que já foi reconhecido no Emmy e Festival de Veneza. “O Brasil está sendo considerado em várias frentes. Hoje, nossa indústria tem a possibilidade de estar em um mercado que a competição é global. Temos o potencial de sermos o próximo polo de inovação de games e esses reconhecimentos ajudam a dar visibilidade da qualidade que desenvolvemos por aqui. Atualmente, o endosso ao nosso mercado vai muito além do marketing e passa pelos negócios e também atrai outros players relevantes”, explica Rodrigo Terra, cofundador da Arvore Immersive e presidente da Abragames.

Também na semana passada, o Magazine Luiza anunciou o investimento em jogos brasileiros. Um dos objetivos é poder levar opções de entretenimento para os usuários do app Magalu. Inicialmente, serão destinados R$ 100 mil para três projetos a serem escolhidos por meio de edital. Conforme Thiago Catoto, diretor do Luizalabs, explicou à imprensa no dia do lançamento, o foco está em games curtos que possam ser jogados durante trajetos, por exemplo. “Com isso, nosso foco é fomentar a indústria nacional e trazer mais empresas para esse segmento”, afirma.

Em setembro, o Itaú Unibanco anunciou investimentos no jogo Camp Wars, 100% brasileiro e desenvolvido e idealizado por Pedro Caxa. Robson Harada, superintendente de Growth Marketing do banco, explica que o fomento da indústria nacional de desenvolvimento de jogos é uma das premissas das ações recentes da marca no cenário. “Temos uma série de grandes estúdios produzindo games nacionais tão bons quanto aqueles que são feitos em outros lugares do mundo. Mas o que queremos, com a nossa marca e histórico de apoio a grandes causas, é dar voz e visibilidade para projetos como o do Pedro, que começou como um jogo de estudo e foi abraçado pela comunidade gamer e nas redes sociais, onde o Pedro é um fenômeno”, explica Harada.

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