Festival de carros de corrida nos EUA tem Mercedes de mais de R$ 500 milhões

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Larry Chen

A Mercedes-Benz 300 SLR 1955 foi um dos destaques do festival Velocity Invitational

Jeff O’Neill, que acabou de completar 65 anos, faturou milhões em seu negócio de vinhos. Ele possui e opera duas vinícolas na Califórnia como parte do “O’Neill Vintners & Distillers: Robert Hall, em Paso Robles, e Ram’s Gate, em Sonoma. Mas sua verdadeira paixão, como a de outros homens de meia idade, são os carros exóticos – quanto mais caros, melhor.

Na semana passada, O’Neill apresentou o evento Velocity Invitational na Weathertech Raceway Laguna Seca, perto de Monterey, na Califórnia. Centenas de itens exóticos estavam em exibição, incluindo um Mercedes-Benz 300 SLR 1955, avaliado em cerca de R$ 555 milhões (US$ 100 milhões), na cotação atual, por algumas estimativas, e um Ferrari 250 GTO 1962, que deve render até R$ 388 milhões (US$ 70 milhões) se for a leilão hoje.

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O empresário organiza esses eventos para ajudar a educar o público em geral sobre as histórias e proveniências dos carros exóticos – e o que o futuro automotivo pode trazer. “Serão carros elétricos, combustível neutro em carbono? Quem sabe? Um carro aqui, o Czinger, foi construído em alumínio com uma impressora. É surpreendente.”

Jim Clash

A Ferrari 250 GTO de 1962, avaliada em US$ 70 milhões

Participaram do festival o piloto mexicano da Indy Pato O’Ward, o duas vezes campeão mundial Mika Hakkinen, o CEO da Ford, Jim Farley, e o CEO da McLaren Racing, Zak Brown.

O mais interessante sobre o Velocity Invitational é que os carros competem entre si em alta velocidade, o que, é claro, traz a ideia de um acidente. O que acontece se, Deus nos livre, acontecer uma encostada de cerca de R$ 28 milhões (US$ 5 milhões) entre duas Ferrari GTOs? Essas coisas são seguradas pelo Lloyds de Londres?

“A má notícia é que, uma vez na pista, não há conceito de seguro”, diz O’Neill, rindo. Desta vez, havia cerca de 200 carros na pista por dia, durante quatro dias, e ocorreu apenas um pequeno incidente, um arranhão em um para-choque. Carros com danos menores como esse podem ser consertados sem perder muito de seu valor.

“O ponto principal é que esses são carros de corrida e foram feitos para serem pilotados”, continua O’Neill. “Você pode deixá-los escondidos em sua garagem, como uma pintura valiosa, ou permitir que as pessoas os vejam, toquem e apreciem.”

Larry Chen

A Velocity Invitational reuniu centenas de carros exóticos

O empresário não corre profissionalmente, mas corre com os carros em eventos especiais. Competiu com uma Ferrari 250 GTO no festival. Sua coleção pessoal inclui um Maserati Bird Cage Tipo 61 1960, que correu em Nurburgring, e um Maserati 250f 1957, que o grande Stirling Moss dirigiu. 

Embora O’Neill diga que houve vários patrocinadores para o Velocity Invitational deste ano, incluindo McLaren Racing, Porsche, Hagerty e Ford, ele admite tranquilamente que colocou mais dinheiro do que todos eles juntos. “Como você faz uma pequena fortuna nas corridas? Assim como no negócio do vinho, comece com um grande.”

Mas O’Neill espera que sua contribuição pessoal se torne cada vez menor a cada ano, à medida que a popularidade do evento cresce. Embora, nenhum dos colecionadores de celebridades conhecidos, como Jay Leno, Adam Corolla ou Jerry Seinfeld, tenha exibido ou corrido no Velocity desta vez, O’Neill planeja estender convites a eles para o próximo. Ele diz que Corolla já aceitou.

Em 2022, o Velocity Invitational acontece novamente na Weathertech Raceway Laguna Seca, e está previsto para 14 a 16 de outubro.

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