Durante uma palestra da escritora inglesa Rachel Botsman, em 2016, Cadu Guerra, então com 21 anos, ouviu da guru da economia colaborativa a seguinte frase, simples e certeira: “Você não precisa da furadeira, e sim do furo na parede”. Naquele instante, o jovem empreendedor percebeu que a maneira como estávamos acostumados a consumir não era a mais inteligente e muito menos a mais acessível. Então, ao lado do amigo Pedro Sant’Anna, criou uma empresa com o ousado propósito de mudar o modelo de consumo no mundo. Nascia a Allugator.
A empresa começou como uma espécie de OLX de aluguel, em que uma pessoa poderia ofertar itens parados em casa – um videogame, uma bicicleta, uma barraca – a outra que estivesse precisando. Bastava acessar o site e alugar o item direto com o ofertante.
Esse modelo, no entanto, apresentou desafios inesperados: a dificuldade logística para fazer o trânsito dos itens e o próprio desequilíbrio entre a oferta e a demanda de itens no site. A dupla continuou trabalhando para encontrar o melhor modelo, apesar de continuar crescendo. Em 2019, ano em que cresceu mais de quatro vezes em relação ao ano anterior, a startup anunciou a entrada de um novo e importante investidor anjo: Renato Freitas, fundador do 99, conhecido aplicativo de transporte individual.
Em janeiro de 2020, veio a grande pivotada. A Allugator passou a trabalhar com assinatura de smartphones, principalmente iPhones. A solução funciona da seguinte maneira: o usuário entra no site, seleciona o aparelho que deseja, paga cerca de 35% de seu valor de mercado e o assina por 12 meses. No final do período pode renovar a assinatura, devolver o aparelho ou fazer o upgrade para o modelo mais atual.
A solução fez sucesso: no primeiro mês, a startup já tinha faturado mais que no ano anterior inteiro. A fila de espera é de 250 mil pessoas – e novamente a empresa se viu diante de um problema inesperado: a quantidade de pessoas querendo assinar o serviço era muito maior que aquela que a Allugator conseguia atender. Para resolver a questão, foi criado o Allugator Invest.
O modelo de negócios da fintech funciona da seguinte forma: o assinante entra no site, assina seu smartphone e, assim que tiver seus documentos aprovados, a Allugator capta, por meio do Allugator Invest, recursos para comprar o aparelho que será alugado a esse usuário (um título de renda fixa pré-fixada regulamentada pelo BC paga de 12% a 20% ao ano para o investimento na operação). Como a compra é feita por atacado, os preços são mais baixos.
Com o novo modelo de investimentos, a Allugator captou R$ 25 milhões desde maio de 2020 no modelo de Asset Backed Funding – e pagou a seus mais de 4 mil investidores cerca de R$ 6 milhões.
Agora a startup aposta forte em tecnologia para continuar escalando. Para isso, contratou Danilo Deus Dará, ex-head de transformação digital da Multilaser, para o cargo de CTO. Com esse reforço a bordo, a expectativa é encerrar o ano com mais de 8 mil assinantes.
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