A Minerva Foods, uma das principais empresas do setor de carne bovina, entrou em um novo programa do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) que tem por objetivo medir o balanço de carbono em fazendas na América do Sul.
Chamado de “Carbon On Track”, o projeto irá monitorar 25 fazendas fornecedoras da Minerva no Brasil, Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai. As propriedades possuem um rebanho de cerca de 232 mil bovinos criados em 185 mil hectares de pastagem. Em um levantamento inicial, a empresa e o instituto constataram que as fazendas parceiras já emitem 44% menos gases de efeito estufa (GEEs) em comparação com a taxa média mundial para emissões na produção de carne bovina, estimada em 19,9 toneladas de CO2e (Gás Carbônico Equivalente) por tonelada de carne produzida. O “e” significa que podem ser outros gases, mas a medida é equivalente em CO2.
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“A pecuária tem papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa, como o metano, que contribuem para o aquecimento global”, diz Isabel Garcia-Drigo, gerente de Clima e Cadeias Agropecuárias do Imaflora. “Existem diversas formas de promoção de uma pecuária mais sustentável, como a intensificação, a integração com lavouras e florestas, o melhor manejo do solo e a utilização de fertilizantes naturais. Não há mais tempo para adiarmos a adoção e o investimento em soluções e tecnologias, muitas já existentes, para a transformação do setor e consequente redução das emissões.”
Demanda por carne suína eleva faturamento da Saudali
Como reflexo do aumento da demanda por carne suína, que avançou 14% no ano passado, para 16,86 quilos per capita, o frigorífico Saudali, localizado em Vale do Piranga (MG), viu seus números aumentarem em 2021. Na semana passada, a empresa apresentou os primeiros dados do ano.
“Registramos, no segundo trimestre de 2021, aumento de 2,17% no abate de suínos, 35% no faturamento geral da empresa e 25% no preço médio do produto”, diz Desidério Guimarães, diretor da empresa. Em 2020, a Saudali faturou R$ 755 milhões, com R$ 41 milhões de lucro. Para este ano, a expectativa é que o frigorífico mineiro feche com R$ 903 milhões e lucro de R$ 49 milhões.
Parque Augusta, em São Paulo, utiliza fertilizante a partir de resíduos orgânicos
Inaugurado no sábado (6), o Parque Augusta, na capital paulista, com 134 espécies de flora e vegetação, utiliza em seu paisagismo um fertilizante orgânico produzido a partir de resíduos reciclados.
Uelton Oliveira, coordenador da Agrotexas Ambiental, empresa responsável pelo paisagismo do espaço, diz que a escolha do fertilizante produzido a partir do tratamento de lodos sanitários e resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais se deu pelo “compromisso de buscar e valorizar soluções ambientalmente corretas e economicamente viáveis”.
Segundo estudo da Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal), em 2020, o faturamento do mercado de fertilizantes orgânicos cresceu 30,1%, para R$ 615 milhões.
ADM abastecerá sete plantas no Brasil com energia eólica
Com o objetivo de reduzir as emissões absolutas de GEE em 25% e a intensidade de consumo de energia em 15%, até 2035, a empresa norte-americana de nutrição ADM passará a abastecer suas sete unidades do Brasil com energia eólica.
A previsão é que as unidades localizadas em Campo Grande (MS), Rondonópolis (MT), Santos (SP), Joaçaba (SC), Porto Franco (MA), Três Corações e Uberlândia (ambas em MG), gerem economia em torno de US$18 milhões nos próximos 15 anos, período inicial de duração do contrato com a Casa dos Ventos, empresa responsável por projetos de geração eólica e solar.
O acordo também deve proporcionar uma redução anual de emissão de 19 mil toneladas de CO2. “Esse é um passo importante para avançarmos no consumo de energia limpa com projetos de autogeração e reforça a sustentabilidade em posição de destaque na estratégia do negócio da companhia”, diz Domingo Lastra, presidente da ADM para América Latina.
Alltech Crop Science tem novo CEO Global
A Alltech Crop Science, divisão agrícola da Alltech Inc, empresa de nutrição norte-americana, anunciou Andrew Thomas como o seu novo CEO global. O executivo, com mais de 30 anos de experiência, atuava até agora como CEO da empresa de economia circular WISErg Corporation, com sede nos Estados Unidos, e que atua na transformação de resíduos em insumos agrícolas sustentáveis.
“A Alltech tem uma longa trajetória no fornecimento de soluções sustentáveis para a indústria agrícola por meio da excelência científica e da inovação visionária”, disse Thomas. “Estou entusiasmado em me juntar à equipe, continuando nosso compromisso de ajudar os produtores a alcançar a melhor saúde da cultura e proteger o meio ambiente.”
Agricultura orgânica recebe prêmio internacional na COP26
Durante o Ashden Awards, premiação que desde 2012 seleciona e apoia empresas que desenvolvem soluções sustentáveis em energia com impacto social, a AAT (Associação Agroecológica de Teresópolis) foi a única instituição brasileira a ganhar o prêmio.
A entidade ficou em segundo lugar na categoria Agricultura Regenerativa, que premia iniciativas de agricultura sustentável. O anúncio ocorreu em Glasgow, durante a COP26, evento que vai até 12 de novembro.
Antes de se tornar uma das 18 finalistas, a ATT passou por uma peneira de 800 candidatos. “O prêmio Ashden em Agricultura Regenerativa nos dá um alento, na medida em que reconhece a qualidade e importância do trabalho desenvolvido pela AAT, na contribuição ao meio ambiente e na qualidade de vida do agricultor”, diz Roberto Seling, coordenador geral da ATT. Criada em 2007, a AAT já implantou a agricultura orgânica em 60 unidades de produção associadas, em cerca de 460 hectares de cultivos na região serrana do Rio de Janeiro.
Foodtech lança a primeira ‘carne louca’ de fruta
A Fábrica Meatz, foodtech de carne vegana com unidade de produção em Peruíbe, município do Vale do Ribeira (SP), lançou a primeira carne louca vegana criada a partir de fibra de jaca.
“O objetivo vai além de produzir carne vegetal”, diz Le Mendes, um dos fundadores da empresa. “Nosso objetivo é desenvolver tecnologia no Brasil e agregar valor ao que já temos aqui, como é o caso da fibra de jaca. Acreditamos que isso contribui para que o Brasil se coloque como protagonista no cenário mundial de tecnologia aplicada.”
Criada em 2019, a empresa é resultado da fusão entre Behind, a primeira a produzir carne feita de plantas do Brasil, e a Meatz, especializada em produtos alimentícios à base de jaca.
Centro de pesquisa em agricultura digital da Embrapa tem novo nome
Comemorando 36 anos de fundação em novembro, a Embrapa Informática Agropecuária, localizada na Cidade Universitária de Campinas (SP),terá outro nome para reposicionar a marca do centro de pesquisa ao contexto atual de digitalização na agricultura. A unidade passa a se chamar Embrapa Agricultura Digital
Segundo pesquisa realizada em 2020, em parceria com o Sebrae e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 84% dos agricultores brasileiros utilizam ao menos uma ferramenta digital no processo de produção. Os avanços em inteligência artificial, bioinformática, blockchain e internet das coisas aplicadas à agricultura e a convergência de tecnologias também têm sido fundamentais para o desenvolvimento científico em diferentes temas de interesse do setor produtivo.
“Nossa atuação abrange todos os elos das cadeias produtivas. Na pré-produção (ou antes da porteira), as tecnologias digitais vêm apoiando a análise de big data para pesquisa de novos genes e modelos de risco climático”, explica Silvia Massruhá, chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital. “Softwares e aplicativos também já são utilizados pelo agricultor na etapa de produção para a gestão da propriedade. E na pós-produção, novas soluções estão sendo desenvolvidas para a certificação de produtos mais sustentáveis e a rastreabilidade até o consumidor.”
Startup brasileira conquista prêmio mundial de inovação
A startup Krilltech. fruto de uma parceria entre a Embrapa, sediada em Brasília, e a Universidade de Brasília, foi a vencedora da etapa final da premiação mundial “Global Tech Innovator 2021”, organizada pela KPMG com o objetivo de apoiar o ecossistema empreendedor.
A agtech oferece soluções para aumento de produtividade da agricultura com base em nanotecnologias. Seus produtos são, por exemplo, nanobioestimulantes vegetais e nanofertilizantes orgânicos que atuam na aceleração do metabolismo de plantas e na melhoria da qualidade nutricional do alimento.
“Estamos muito felizes em anunciar que a startup vencedora desta premiação global é brasileira. Ela se diferenciou mundialmente pelo uso intensivo de tecnologia para transformar os negócios e a sociedade, sendo capaz de demonstrar como ser escalável em outros países, principalmente da América Latina”, afirma Jubran Coelho, sócio-líder da área de Private Enterprise da KPMG no Brasil e na América do Sul.
LeveAgro lança novo modelo de negócios
A agtech e fintech LeveAgro, plataforma de comercialização de fertilizantes agrícolas em tempo real no Brasil, lançou um novo modelo de negócios para representantes de vendas de insumos agropecuários e seus clientes.
Agora, a plataforma oferece financiamento de compras de matérias-primas até a suporte em vendas com o fornecimento de material de marketing online e offline. O representante trabalha de forma autônoma, podendo enviar propostas diretamente a seus clientes
“A LeveAgro quer revolucionar a forma de vender no agro, pois não acreditamos no modelo atual, que é antiquado e caro para escalar”, explica o CEO da LeveAgro, Eduardo Nunes. “Queremos fazer parcerias com agrônomos, consultores e corretores para vender os produtos oferecidos na plataforma. Hoje, o sistema está trabalhando exclusivamente com fertilizantes, porém a empresa irá oferecer crédito, seguros, entre outros produtos.”
O usuário da plataforma paga de acordo com o plano escolhido e pela exclusividade do cliente. “Esse novo modelo ajuda a solucionar um problema grave, que foi exacerbado recentemente com a falta de fertilizantes, trabalhando como ponte entre produtores rurais e fornecedores nacionais e internacionais de maneira rápida.”
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