Forbes Radar: Cielo, GPA, Itaú Unibanco e outros destaques corporativos

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No Forbes Radar de hoje (4), a empresa de pagamentos Cielo registrou alta de 111,1% em seu lucro líquido no terceiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 211,9 milhões.

Já o GPA, dono da bandeira Pão de Açúcar, teve prejuízo líquido de R$ 88 milhões terceiro trimestre, pior do que o resultado negativo de R$ 63 milhões registrado a um ano. No mês passado, em meio aos impactos da pandemia e do comércio eletrônico sobre as vendas no varejo físico, a empresa anunciou sua saída do segmento de hipermercados.

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Ainda hoje, após o pregão na Bolsa de Valores, o mercado aguarda a divulgação dos resultados trimestrais do Banco Bradesco (BBDC3).

Veja estes e outros destaques corporativos do dia:

Cielo (CIEL3)

A Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, teve lucro líquido de R$ 211,9 milhões de julho a setembro, um salto de 111,1% sobre um ano antes. “O resultado se beneficiou do crescimento dos volumes capturados e da expansão da antecipação de recebíveis”, afirmou a companhia no relatório de resultados.

Além disso, o resultado da divisão Cateno, de cartões de crédito do Banco do Brasil, cresceu 128%, beneficiado pelo reembolso de gastos do arranjo de pagamentos Ourocard. O volume de pagamentos processado pela Cielo no trimestre cresceu 8,5% ano a ano, dando impulso à receita líquida, que cresceu 4,4%, para R$ 3 bilhões.

Na outra ponta, os gastos totais tiveram queda de 3,9%, para R$ 2,6 bilhões. Com isso, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) somou 692,8 milhões de reais, um salto de 44,3%. A margem Ebitda avançou 6,4 pontos percentuais, para 23%

GPA (PCAR3)

O GPA, dono da bandeira Pão de Açúcar, divulgou ontem (3), após o fechamento dos mercados, que teve prejuízo líquido de R$ 88 milhões no terceiro trimestre. O resultado foi pior do que os R$ 63 milhões negativos registrados um ano antes.

A companhia teve desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 794 milhões, recuo de 15,9% ano a ano.

A receita líquida da companhia, que além do Brasil tem operações na Colômbia, Uruguai e Argentina, ficou quase estável no período, somando cerca de R$ 12 bilhões. A margem bruta do GPA, controlador do grupo colombiano Éxito, recuou de 25,9% para 24,6%.

A empresa, que no mês passado anunciou sua saída do segmento de hipermercados em meio aos impactos da pandemia e do comércio eletrônico sobre as vendas no varejo físico, disse que as vendas mesmas lojas no Brasil caíram 0,3% no trimestre ante mesmo período de 2020 e que subiram 8,4% no comparativo com 2019. O dado não inclui o desempenho de hipermercados e de drogarias.

A venda “mesmas lojas” da rede Pão de Açúcar recuou 3,6% sobre 2020, enquanto as das bandeiras de proximidade, uma das principais apostas da empresa, avançaram 12,1% no período. Enquanto isso, as vendas mesmas lojas do Éxito subiram 15,7%.

O grupo terminou setembro com 1.488 lojas, ante 1.508 no final do terceiro trimestre do ano passado.

Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú Unibanco teve alta de 34,8% no lucro do terceiro trimestre em relação ao ano anterior, impulsionado por empréstimos para pessoas físicas e menores provisões. O lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, foi de R$ 6,779 bilhões, em linha com a estimativa compilada pela Refinitiv de R$ 6,735 bilhões, e comparado com R$ 5,03 bilhões um ano antes.

O retorno sobre o patrimônio líquido, um indicador de lucratividade, foi de 19,7% no trimestre, contra 15,7% na mesma etapa de 2020. Em comunicado, o diretor financeiro, Alexsandro Broedel, disse que o banco está a caminho de apresentar um desempenho sólido em 2021 e de ter um crescimento contínuo em 2022.

A carteira de crédito do Itaú cresceu 5,9% no trimestre e 13,6% em 12 meses, impulsionada por financiamentos de veículos, cartões de crédito e crédito imobiliário. A rápida expansão dos empréstimos de varejo, juntamente com maiores ganhos comerciais, resultaram em aumento de 15,3% na receita líquida de juros, para R$ 19,5 bilhões.

O índice de inadimplência dos empréstimos de 90 dias subiu de 2,3% para 2,6% na comparação sequencial. Ainda assim, as provisões para devedores duvidosos caíram 17,2% na comparação anual, para R$ 5,232 bilhões. As receitas com tarifas cresceram 6,4% ano a ano, mesmo com o resultado da corretora XP, uma vez incorporado à linha de rendas de tarifas, não mais consolidado no Itaú.

Apesar de um acordo coletivo de trabalho que garantiu aos empregados de bancos no Brasil um aumento de 11% em setembro, as despesas operacionais do Itaú subiram apenas 1% em relação ao ano anterior, bem abaixo da taxa de inflação de dois dígitos.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio informou ontem (3), após o fechamento dos mercados, que teve lucro líquido de R$ 125,16 milhões para o terceiro trimestre, ante prejuízo de R$ 117,7 milhões um ano antes, com impulso de efeitos não-caixa e pela alta das cotações do petróleo.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado mais que dobrou para R$ 547,18 milhões no trimestre, versus R$ 203,72 milhões um ano antes, em meio a um forte resultado operacional.

“No trimestre, o principal fator que impactou o desempenho financeiro da PetroRio foi o aumento da receita, reflexo do aumento nas vendas e crescimento do preço do Brent, que atingiu uma média de US$ 73,23 por barril no trimestre, no seu maior patamar dos últimos três anos”, afirmou a companhia.

A receita total atingiu R$ 939,52 milhões, um salto de 92%, mostraram os dados. Os resultados excluem o impacto das mudanças no IFRS-16, ressaltou a empresa em balanço.

Ultrapar (UGPA3)

A Ultrapar anunciou ontem (3) que reduziu a projeção de resultado operacional em 2021, citando margens mais pressionadas em sua rede de postos de combustíveis Ipiranga.

A projeção para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 2021 passou de R$ 3,8 bilhões a R$ 4,65 bilhões para R$ 3,75 bilhões a R$ 4,13 bilhões. E a expectativa de Ebitda da Ipiranga passou de R$ 2,1 bilhões a R$ 2,5 bilhões para R$ 1,8 bilhão a R$ 2 bilhões.

“Na Ipiranga, a projeção foi reduzida em função principalmente de margens mais pressionadas, decorrentes de posições tomadas e repasses de aumentos de custos, e do menor volume (de vendas) em relação às projeções originais”, afirmou a Ultrapar em fato relevante ao mercado.

O lucro líquido foi de R $374,3 milhões de julho a setembro, acima dos r$ 277,3 milhões registrados um ano antes. Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 198 milhões para o trimestre, segundo dados da Refinitiv.

O Ebitda do grupo no período foi de R$ 908,4 milhões, abaixo dos R$ 922 milhões de um ano antes. A expectativa média do mercado indicava para um resultado operacional de R$ 968 milhões, de acordo com a Refinitiv.

No trimestre, a Ipiranga vendeu 5,85 milhões de metros cúbicos, alta de 6% sobre um ano antes e de 5% sobre o segundo trimestre de 2021. No ciclo otto, houve crescimento de 8% no volume vendido na comparação anual.

Mas o custo dos produtos vendidos pela Ipiranga no trimestre subiu 62% na relação anual, causado segundo a Ultrapar pelo “aumento nos custos praticados pela Petrobras, devido ao aumento dos preços internacionais de diesel e gasolina, e nos custos de etanol, além de maior volume de vendas”. A receita líquida no segmento cresceu 59%.

Marcopolo (POMO3)

Em resultado trimestral divulgado pela fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo, a empresa teve queda de 9,4% em sua receita líquida, em comparação com o terceiro trimestre de 2020, para R$ 757,6 milhões.

O lucro líquido, por sua vez, foi positivo. No terceiro trimestre de 2021, a companhia registrou R$ 107,1 milhões, com margem de 14,1%. Ano passado, no mesmo trimestre, houve prejuízo de R$ 57,4 milhões. Os resultados são divulgados após a produção total da Marcopolo cair em 35,4%, para 2.210 unidades, no terceiro trimestre.

COPASA (CSMG3)

A Copasa anunciou na tarde de ontem (3), após o fechamento dos mercados, seus resultados operacionais referentes ao terceiro trimestre de 2021. No período, a empresa teve lucro líquido de R$ 16,369 milhões, queda de 93% em comparação com os R$ 240,543 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.

Segundo a companhia, o resultado foi impactado pelas provisões realizadas em decorrência de devoluções determinadas pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais.

CCR (CCRO3)

A operadora de concessões de infraestrutura CCR informou ontem (3) que sua controlada RodoNorte recebeu multa de 75,58 milhões de reais da controladoria-geral do Paraná, que também proibiu a empresa de participar de licitações públicas no Estado por dois anos.

No caso da multa, a RodoNorte poderá optar por prestação gratuita de serviços de manutenção e atendimento por um ano.

“A companhia bem como a RodoNorte adotarão todas as medidas legais cabíveis, uma vez que, em seu entendimento, tal decisão além de nula, fere a legislação aplicável”, afirmou a CCR por meio de fato relevante.

XP (XPBR31)

O grupo financeiro XP informou ontem (3) que teve lucro líquido ajustado de R$ 1 bilhão no terceiro trimestre, crescimento de 82% sobre o desempenho de um ano antes, com expansão de receita e margem.

A empresa viu os ativos sob custódia subirem 40% no período, para R$ 789 bilhões, com captação líquida de R$ 219 bilhões. Já a carteira de crédito atingiu R$ 8,6 bilhões no fim de setembro, crescimento de seis vezes na comparação anual. A base de clientes ativos terminou setembro em R$ 3,3 milhões, expansão de 25% sobre um ano antes e de 5% sobre junho. Leia aqui a notícia completa.

Vale (VALE3)

A Vale informou ontem (3) que concluiu o depósito em juízo do montante de R$ 4,4 bilhões previsto para o Programa de Transferência de Renda aos atingidos pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

Os recursos, corrigidos pelo IPCA até agosto de 2021 e deduzidos os custos operacionais e pagamentos emergenciais realizados entre junho e outubro de 2021, foram depositados em duas vezes, sendo R$ 2 bilhões em 18 de outubro e o restante em 28 do mês passado.

Os depósitos foram realizados porque, desde 1º de novembro, passaram a valer os termos do novo programa, assinado entre a empresa, o governo de Minas Gerais e as instituições de Justiça, em fevereiro deste ano. O acordo envolveu R$ 37,69 bilhões para reparação de danos coletivos. Leia aqui a notícia completa.

B3 (B3SA3)

A B3 anunciou ontem (3) que começará a oferecer em dezembro na Bolsa brasileira os índices europeus Euro Stoxx 50 e DAX como contratos futuros por meio de uma parceria com a provedora global Qontigo. É a primeira vez que investidores nacionais terão acesso aos índices.

O Euro Stoxx 50 é o principal índice europeu de blue chips (empresas de grande porte). Ele engloba 50 ações de oito países da zona do euro: Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos e Espanha. Siemens, Unilever, a gigante de marcas de luxo LVMH e a Total, de combustíveis, são algumas das companhias incluídas. O índice acumula alta de 20,85% neste ano e opera acima dos patamares pré-pandemia. Leia aqui a notícia completa.

Rumo (RAIL3)

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) anunciou ontem (4) que aplicou multa de R$ 247,1 milhões à Rumo por abusar de posição dominante e criar dificuldades para rival de transporte ferroviário na exportação de açúcar.

A penalidade refere-se a uma investigação aberta em 2016, após a rival Agrovia alegar que dependia da Malha Paulista, controlada pela Rumo, para transportar açúcar até o Porto de Santos (SP), mas que a empresa estava criando empecilhos. Por isso, a Agrovia teve que encerrar suas atividades. A denúncia foi reforçada por investigação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que detectou indícios de irregularidades envolvendo as mesmas empresas. Leia aqui a notícia completa.

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