O governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um superávit primário de R$ 303 milhões em setembro, primeiro dado no azul para o mês desde 2012, ajudado pelo aumento na arrecadação.
O dado, divulgado hoje (28) pelo Tesouro, veio melhor que a projeção de um resultado neutro, segundo pesquisa Reuters com analistas.
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Em setembro do ano passado, o déficit havia sido de R$ 76,144 bilhões, fortemente impactado pelos gastos extraordinários associados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.
“Créditos extraordinários, apoio financeiro a Estados e Municípios e subsídios destinados ao Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC Maquininhas) apresentaram redução de R$ 40,9 bilhões, R$ 21,3 bilhões e R$ 5,5 bilhões, respectivamente, quando comparados a setembro de 2020”, disse o Tesouro.
Na véspera, a Receita já havia divulgado uma arrecadação recorde para setembro, influenciada pelo maior recolhimento de tributos de empresas.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a receita líquida do governo central teve um aumento real de 9,3%, a R$ 128,448 bilhões. Já a despesa caiu 36,4% na mesma base de comparação, a R$ 128,146 bilhões.
“Os dados de setembro corroboram a tendência de melhora consistente nas contas públicas ao longo de 2021, resultado da forte arrecadação e da maior focalização das despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia”, disse o Tesouro. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o rombo nas contas públicas foi de R$ 82,486 bilhões, contra R$ 677,446 bilhões em igual etapa de 2020.
Em 12 meses, o déficit primário alcançou R$ 154,2 bilhões, equivalente a 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). No fim de setembro, o Ministério da Economia melhorou sua projeção de déficit primário para o governo central em 2021 a R$ 139,4 bilhões, diante da perspectiva de maior arrecadação neste ano. (Com Reuters)
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