Biden vai à COP26 com credibilidade climática dos EUA em jogo

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer demonstrar na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) na Escócia que os Estados Unidos voltaram à luta contra o aquecimento global, mas as desavenças no Congresso a respeito de uma legislação para impulsionar suas metas para o clima ameaçam minar esta mensagem na arena mundial.

Biden parte para a Europa hoje para uma cúpula do G20 em Roma, seguida por uma reunião de líderes mundiais em Glasgow que almeja salvar o planeta da devastação causada pela elevação das temperaturas.

O norte-americano esperava exibir uma legislação concebida para cumprir uma promessa dos EUA de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em entre 50& e 52% até 2030 na comparação com os níveis de 2005, visando dar um exemplo que estimularia outras nações a adotarem ações ousadas e rápidas para proteger a Terra.

O plano inclui centenas de bilhões de dólares de investimentos em energia limpa, mas alguns aspectos, como um programa que recompensaria geradoras de energia por investirem em energias renováveis e penalizaria aquelas que não o fizessem, foram retirados de um projeto de lei para financiar sua pauta social e de combate à mudança climática.

Até a noite de quarta-feira, os colegas democratas de Biden ainda não haviam chegado a um acordo, forçando-o a deixar Washington de mãos vazias.

Embora os democratas tenham esperança de que um acordo será firmado nos próximos dias, a ausência de uma legislação pode tornar mais difícil para Biden convencer o mundo de que ele consegue cumprir as promessas de redução das emissões dos EUA.

“Ser capaz de realizar é crítico para manter a credibilidade na arena mundial e influenciar outros países a adotarem ações igualmente ambiciosas”, disse Tom Damassa, diretor-associado da Oxfam América contra a mudança climática.

Acredita-se que um dos projetos de lei ampliará os créditos fiscais para certas indústrias de energia limpa, como eólica e solar, e poderia incluir concessões e empréstimos para agricultores migrarem para a energia limpa. Mas um imposto de carbono proposto e um ajuste no imposto de carbono de fronteira que aumentaria os custos da importação de bens, como concreto e aço, provavelmente serão eliminados.

O governo Biden tenta descartar isenções fiscais antigas para combustíveis fósseis que analistas estimam custar cerca de 15 a 20 bilhões de dólares por ano, mas esta iniciativa também está praticamente morta.

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