A Hypera espera compensar pressões de custos das matérias-primas nos próximos meses com portfólio de medicamentos recentemente adquiridos e o lançamento de novos produtos, afirmaram executivos da farmacêutica hoje (25).
A empresa divulgou na última sexta-feira (22) alta de 33% no lucro líquido do terceiro trimestre, mas a margem bruta ficou praticamente estável, em 63,9%, na comparação anual. Enquanto isso, a margem Ebitda recuou 0,5 ponto percentual, a 35,6%.
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Em teleconferência com analistas, o presidente da Hypera, Breno de Oliveira, afirmou que o objetivo da companhia é manter nos próximos meses o nível de margem Ebitda em “mid-thirties”, conforme navega por pressões que incluem o peso da alta do dólar sobre insumos importados.
Segundo o diretor financeiro, Adalmario do Couto, a Hypera, dona de marcas como Coristina D, Addera e Buscopan, conseguiu no trimestre compensar parte das pressões de custos com aumento nos preços dos medicamentos e tem suas necessidades de matéria-prima protegidas durante o ano a um câmbio de R$ 5,30 por dólar.
“Temos conseguido compensar em parte a pressão principalmente com o mix de produtos de marcas adquiridas, que têm margem superior, e também com o ‘pipeline’ de novos produtos, que na média têm margem bem superior à média da compahia”, disse Couto. Ele acrescentou que a Hypera tem atualmente um conjunto de 350 novos produtos em desenvolvimento.
As ações da Hypera tinham alta de 4,3% às 12h39, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 1,5%.
Questionado sobre novas aquisições, Oliveira afirmou que a alavancagem da Hypera atingiu o topo da banda de tolerância e que a prioridade no curto prazo é reduzir o endividamento “para abrir espaço para novas aquisições”.
A companhia terminou setembro com uma relação dívida líquida sobre Ebitda de 2,2 vezes, dentro da previsão. (Com Reuters)
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