‘Brasil regrediu, e governo vai sair gastando’, lamenta um dos pais do teto de gastos

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Considerado um dos pais do teto de gastos, o economista Marcos Mendes, 56, avalia que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou de tática nesta semana. Trocou os balões de ensaio, em que mandava sinais ao mercado de abandono da prudência fiscal, pela simples ruptura, ao deixar claro o drible ao teto de gastos.

A decisão do governo de mudar a regra que corrige o teto, de forma retroativa, abrindo espaço para mais gastos, é vista por Mendes como o fim da medida constitucional que ele ajudou a criar. O saldo disso será um horizonte de mais incertezas na economia, redução de investimentos, aumento da inflação e mais dificuldade de superar a crise, diz ele, que é pesquisador associado ao Insper.

Na visão do economista e também colunista da Folha, as movimentações recentes do governo contra o teto sinalizam uma mudança de regime fiscal, com a volta para uma antiga prática -gastar sem controle. “Entrou dinheiro, vamos encontrar algo para gastar e vamos gastar mesmo o que não tivermos. Não vamos ter nenhuma ferramenta contrária a esse tipo de irresponsabilidade”, afirma.
Leia mais (10/22/2021 – 18h05)

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